segunda-feira, 24 de março de 2008

Estive correndo em círculos e mesmo assim me perdi.
Vontade de deixar a chuva me lavar...
Me torna puro, como sempre quis ser
sem capacidades para fingir.

E é com ou sem a coragem,
deixa a chuvar levar, deixa a chuva lavar...

Fico esperando a mente assimilar o que o coração já está cansado de saber
Não me esqueci, eu apenas não acertei.
Continuei lutando contra mim mesmo,
fugindo do que eu sei não ser pecado.

As respostas sempre estiveram por todos os lugares que passei, faltou coragem.
Mas o importante nunca foi entender, o caminho sempre esteve em saber o porque.

Eu vi porque tinha que ver,
Para as ondas que chegaram e as pedras que ficaram
já está em tempo de voltar.

Os joelhos marcam o chão e mantenho meu orgulho.
Pois eu nunca neguei meus pecados.

A serenidade está em saber o porque...


Ontem eu fiz 22, e tenho muitos porques para descobrir, será que dá tempo?

segunda-feira, 10 de março de 2008

Acordei, com janelas fechadas,
janelas tão fechadas meu bem...
O mundo está lá fora e não sinto como parte minha!

Pois ontem tudo estava tão calmo,
E hoje, esta tempestade castiga nossas vidas não deixando o dia entrar.

Justo agora que nossos pés não tocam mais o chão,
que não temos mais para onde ir...

E eu fico esperando pela calmaria,
a chance de ficar tudo bem,
esperamos todos pelo bem, meu bem.

traçamos planos perigosos outra vez
e talvez a tempestade não vá passar...

Estranho como nossos sonhos se tornam problemas,
e nossos problemas se tornam sonhos.

Eu não espero não sair marcado mais uma vez,
porque as marcas ajudam a enfrentar tempestades que custam a passar...

Então espero com esperança, esperança sempre meu amor.
que quando tudo isso passar, passar por mim, passar por nós,
poderemos voar novamente e descobrir nossos sonhos neste mundo sem fim....

terça-feira, 4 de março de 2008

E o silêncio se espalhou, engolindo qualquer murmúrio de vida. O mundo inteiro se calou, faltando avisar a hora certa de voltar a gritar. Mas eu já nem me importo mais, cansei deste barulho barato e desenfreado. Acho até que posso me acostumar a ouvir o que se supoe ser silêncio. Há janelas entreabertas por todos os lados, janelas que dão de esquina com sua rua e delas só se ouve aquela música... que pergunta sem responder e denuncia sem querer que nossos jovens estão completamente amendrontados, procurando por soluções na TV. Esquecem que foi o amor que os trouxe até aqui, e que sem ele não há como sair. E mais fácil que culpar, seria solucionar. E mais simples que chorar, seria amar. Mas hoje eu não quero nem saber, quero ter você no mesmo chão que eu. Não me importo em se calar, só escutar. Preciso mesmo aprender a ouvir tudo o que se supoe ser silêncio aqui. Só mais uma hora e eles voltam a gritar...