terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tomorrow Never Knows

Como se a vida fosse um jogo,
que nós simplesmente não sabemos jogar.
Acreditei ter visto seu sorriso em minha janela
Alguns andares podem nos separar?

Pensei ter visto um menino dizendo que já sabia tudo da vida.
Pensei em perguntar em todos os lugares, em todos os cantos,
eu só queria saber o que todo mundo já sabe.

Ficou tão mais fácil entender quando olhei os animais,
mas muito mais dificil de aceitar,
queria mesmo ter pisado descalço naquele gramado
ter corrido atrás do mais belo por do sol,
e ser esquecido com as crianças.

Incrédulo, demorei a entender que o menino tinha razão.
Nascemos sabendo tudo só para desaprender.
Faz parte do nosso teste, nascemos prontos.
Cabendo a nos somente ser, estar e permanecer assim.

E de repente,
os cães me ensinaram tudo o que suas escolas mais tradicionais não puderam nos oferecer.
Vivi 10 séculos em um mês, como mais um telespectador infantil
daqueles que brilham os olhos, que esquecem os bons costumes
e as regras que teimam em não fazer sentido algum.

Só me senti só porque não estou.
Só me senti parte, porque não sou.
Fui uma gota do oceano que teimou em pingar fora,
Uma janela aberta que teimou em não mostrar o dia.

Ouvi vozes gritando o meu nome,
Procurei em vão por rostos,
eles já não os possuem mais...

São milhões de almas batendo em nossas janelas todos os dias.
Insensiveis, covardes e tiranos.
Todos eles se arrependem de tanto egoismo.

Foi só um jeito vazio de viver uma vida vazia,
as grandes vidas foram esquecidas pela falta de sabedoria
O mais humilde camponês sobreviveu à tudo isso
e hoje não passa de um menino, que atrai os mais belos sorrisos,
quando inocente ainda diz saber tudo que precisa sobre esse jogo chamado viver.

Viverei mais mil anos se preciso,
só pra aceitar e entender todos esses sorrisos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Compacto. (um fino, um raro)

Um bloco de notas, por favor.
Era tudo que eu precisava naquele instante,
precisava sentir o branco, enveredar minhas idéias exatamente ali.

Busquei no silêncio o meu portal
que me expande sempre um universo que ninguém pode dizer,
um senhor monstro parado, intactamente improvável.
Prontamente para surtir efeito

E do que é que você tem mais medo?
Moro numa cidade que é certo
que um pouco de tudo sempre tem,
inconsoláveis e psicopatas no mesmo vagão de trem

Eu nem prestei atenção,
só podia notar aquele belo par de oculos escuros,
que por pouco não gritei e não chamei,
só deixei de ser e pedi:

Um bloco de notas, por favor.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

desgasto.

Por horas este vazio,
que sinto arder,
um zum no ouvido, dolorido.

Eu nem sei dizer,
quanto mais explicar para você.
Mas sei que sinto, queima
e me diz que esse não é o caminho.

Quantos sonhos estranhos para uma noite...
e olha que eu nem dormi,
E quantos dilemas para uma vida...
e olha que eu mal vivi.

Porque temos a mania de acharmos que carregamos sempre o maior dos fardos?
Tudo bem, não precisa explicar,
o que eu também não sei dizer.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Maltrato.

No seu nó não desfeito,
desfaz de mim, de pior maneira
eu digo, que sem carinho não tem trejeito,
nem menina faceta, que possa mandar em meu coração.

E sobretudo, um tudo, que ainda arde em mim.
alarde, clamando pelo final que num vem
pois é dom de vida quem tem
e é, para toda vez que vier malfeito
eu corro e grito logo desfeito, desfeito!!!!

aceito o chão, o pão e a trilha.
mais não me queira um dia
pra me desfazer um mês
porque parece sempre que sou só eu que sei
que é só nesses dias que o mundo brilha.

domingo, 22 de agosto de 2010

Malfeito, desfeito.

Nada convencional,
só quem já viveu sabe como é.
Mas tem seu preço,
onde está o farol que nos guiava?
a emoção que acerta
o compasso que encerra
os ciclos que nunca terminam.

O dia precisou ir,
para que eu pudesse ir com ele,
eu nunca gostei
mas não faço regras
descrevo
e anseio
de novo
de noite
um bem
quem tem
a noite inteira
de bem.

Do luxo preparado,
nada é natural porque nada é convencional.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

De todas as formas, um querer!

Quem não tentou não teve chance nenhuma,
o importante mesmo é viver tudo,
e do viver, os sonhos
dos sonhos à realidade,
de uma vida que vivemos querendo,
e se não queremos, perecemos.

Mesmo quase nunca sendo,
fiquei feliz de ver você dizendo que quer...
Da mesma forma que eu quis!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

orbe, o jovem.

Estive 6 horas e 20 minutos sem estar,
pois isso era justamente o combinado:
Meu corpo cumpria e minha alma voava,
contando as horas pro regresso, a união.

Era como o encontro das águas, ou das fúrias...
Entorpecendo o sóbrio e enlouquecendo a razão.

Certamente o que eu não queria era ficar
me perguntando porque ainda faço disso?
definitivamente, ouvir certas coisas não me fizeram bem.

Não precisava perguntar,
Como se eu já não o fizesse
não o sentisse toda vez que olho para fora.

Há vida além do que aquilo que não queremos?
Porque o argumento da razão é sempre contra,
dos sábios, é de sempre persistir
e o meu tá se tornando o de um liberal descabido
que já não se cabe, que já não se contem.


Tudo porque somos filhos de uma extinta revolução
dos dias que foram enterrados por essa péssima mania de acharmos que somos livres
não somos e nunca fomos, mas tudo bem, passei anos achando que eramos também
só pra descobrir que as revoluções nasceram para engolir os seus filhos.

destemido, medido e vivo.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

dois dias pro sábado.

Pensando no jantar e talvez um bolo
dois beijos gostosos, boca gelada da cerveja
os costumes nos moldam e os impetos nos desdobram
não sou tão comum quando quero algúem.

saio correndo por essa cidade imensa, é totalmente automático,
muitas vezes vou, mais fico, suspiro
só esperando voltar, ficar.

Disseram que só preciso de um bom som e uma boa companhia.
Talvez eu acredite, mesmo não tendo a certeza sobre o direito de sermos felizes
uma vida inteira me sentindo, medindo, na medida de se sobressair

não tem ordem. é só desordem, só desordem.

sábado, 17 de julho de 2010

relógio.

Ouvi vozes que certamente não existiram.
Procurei abrigo no descoberto só para descobrir,
que os dias seriam tão mais fáceis com você aqui.

E eu não entrei, só continuei caminhando.
Experimentando... três voltas em companhia do vento,
querendo, sentindo, passando e deixando passar.

Precisando demais convencer o mundo de que o futuro não existe
que é só a razão e o presente, com doses e mais doses de emoção.

Pois o tempo vai passando, e eu estou sempre querendo para-lo,
Pedindo a tudo que não acredito para que seja
Só para que o presente, num instante, passe a ser o nosso.

desforme...



quarta-feira, 24 de março de 2010

As três marias.

Não dexei um minuto de respirar... você.
Contei os segundos que ainda faltavam contigo
só para saber quantas horas passariam para te ver de novo..
E juro que pensei que seria fácil reconhecer que não era eu.
Mas não foi, não deu - disse sorrindo.
Porque quando vi, percebi que queria tanto que fosse você... e eu.

Aonde tudo iria parar então?
com todos os dias deste (nosso) jeito,
começando aqui, com pés no chão;
e terminando sempre assim,
achando que 8 horas já não dão.

Ainda quero ouvir você dizer,
Só para que não digam que não existe, ou que não é.
Porque já só somos capazes de imaginar o possível, meu bem.
E o céu está tão estrelado esta noite,
que até parece que o impossível nunca existiu..

Um sonho, um tombo e um pulo!.

domingo, 24 de janeiro de 2010

pois é...

Todo dia eu lembro.
que me parecia tão direito,
não pelo ato, pelo sentir.
Mas é que sentimos de um jeito tão estranho neste mundo,
que o que queremos viver, nunca é o que vivemos!
E eu ainda não entendo...

Afinal, o que são planos, senão rumos incertos?
Plantamos no chão esperando sempre que chova.
Mas por onde queremos ir e aonde iremos realmente chegar?

As ondas quebram no mar quando querem?
Ou somos apenas piões de tabuleiro, no tempo?

Sinceramente, não sei onde irei parar,
se toda vez que eu acreditar em algo
arrancarem um pedaço de mim.

Só posso admitir mais uma vez:
Todo dia falta um pouco mais de mim...