sexta-feira, 30 de julho de 2010

orbe, o jovem.

Estive 6 horas e 20 minutos sem estar,
pois isso era justamente o combinado:
Meu corpo cumpria e minha alma voava,
contando as horas pro regresso, a união.

Era como o encontro das águas, ou das fúrias...
Entorpecendo o sóbrio e enlouquecendo a razão.

Certamente o que eu não queria era ficar
me perguntando porque ainda faço disso?
definitivamente, ouvir certas coisas não me fizeram bem.

Não precisava perguntar,
Como se eu já não o fizesse
não o sentisse toda vez que olho para fora.

Há vida além do que aquilo que não queremos?
Porque o argumento da razão é sempre contra,
dos sábios, é de sempre persistir
e o meu tá se tornando o de um liberal descabido
que já não se cabe, que já não se contem.


Tudo porque somos filhos de uma extinta revolução
dos dias que foram enterrados por essa péssima mania de acharmos que somos livres
não somos e nunca fomos, mas tudo bem, passei anos achando que eramos também
só pra descobrir que as revoluções nasceram para engolir os seus filhos.

destemido, medido e vivo.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

dois dias pro sábado.

Pensando no jantar e talvez um bolo
dois beijos gostosos, boca gelada da cerveja
os costumes nos moldam e os impetos nos desdobram
não sou tão comum quando quero algúem.

saio correndo por essa cidade imensa, é totalmente automático,
muitas vezes vou, mais fico, suspiro
só esperando voltar, ficar.

Disseram que só preciso de um bom som e uma boa companhia.
Talvez eu acredite, mesmo não tendo a certeza sobre o direito de sermos felizes
uma vida inteira me sentindo, medindo, na medida de se sobressair

não tem ordem. é só desordem, só desordem.

sábado, 17 de julho de 2010

relógio.

Ouvi vozes que certamente não existiram.
Procurei abrigo no descoberto só para descobrir,
que os dias seriam tão mais fáceis com você aqui.

E eu não entrei, só continuei caminhando.
Experimentando... três voltas em companhia do vento,
querendo, sentindo, passando e deixando passar.

Precisando demais convencer o mundo de que o futuro não existe
que é só a razão e o presente, com doses e mais doses de emoção.

Pois o tempo vai passando, e eu estou sempre querendo para-lo,
Pedindo a tudo que não acredito para que seja
Só para que o presente, num instante, passe a ser o nosso.

desforme...