domingo, 15 de maio de 2011

Jukebox não rima com vitrola.

Eu já por certo disse,
que certos refrões só existem para não esquecer,
Porque essa gente ironica tanto finge?
Fica a lembrança, fica a amargo.
Existem lágrimas em qualquer palhaço
que só um refrão pode falar
de lástimas ou farpas
de alvorada ou sereno
é rebento, sagrado.

Como vingança de criança
ou praga de fada, que não fala
só gira, colorindo e livrando do aflito de um grito.

Ah lindo refrão que te faz lembrar
que acabou o pesar
sem "cabar" o sofrer

Que acabou o amar
sem ter como esquecer

Só fica guardado, prostrado,
esperando um trato, ou um quarto de trégua,
até vir aquela música velha
e mandar tudo pros ares.

Eu quero mesmo é lembrar.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Solstício.

Era mesmo uma nova rua no quarteirão em que cresci,
um novo som no albúm que deixei de lado por tanto ouvir.
Me vi um novo homem no espelho de 20 anos
assumi os riscos que nem gostava de ouvir
Insisti, corri e emancipei meus sentimentos.

Só pra constar, só pra contar: Eu mudei.
Nem contei isso pra ninguém ainda,
mas eu digo minha cara, eu mudei.
Em todas as fibras, um novo ser
Para todos os dias em que não vivi,
Para todas as horas em que quis correr
Inventei remédios, escrevi um trecho de credo
me ative ao que eles chamam de religião
aquilo mesmo que sempre chamamos de amor.

Estive sem graça, só porque pude sorrir.
Mas não me culpei, você bem conhece meu ego.
Só quis escrever algo sobre mim, pra variar.
Deixei nossos personagens, nossas máscaras
tudo lá fora, amontadoados ao lado de nosso dirigível.

E não é mais batalha,
não cheira mais agonia
foi dia, mais veio noite
foi minuto, mais veio hora
e agora é passado, tão construtivo em nossos vidas.
Para mais uma noite,
Para mais uma vida,

Mas quem sabe outra esquina,
Ou outra vida... à vista.